
Como desprezar as chances da pesca,
as formas usuais das iscas e as luzes do Outono?
Como desfazer as regras das vozes
do convés e dar  vez às águas?
Como temer a sentinela e as vestes
apropriadas da insônia?
Tudo, sem tornar a ocasião em habitual
ausência da terra e marinharia
sem  músculos:
Suplicar e,em ato de fé, negar três vezes a identidade do mar  
e, se tempo houver, saciar
a sede em miragem náutica
soprar as velas em  agonia
na direção do porto inacabado
deixar as amarras e  suportar as dores
 que chegam em ondas ...
 
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