Retornei às ruas para ver a tarde caindo. Pura dissimulação: queria observar a lua mais um pouquinho e fotografá-la, antes que o frio orientasse meu caminho de retorno. Lá no alto, parecia aquecida pelas cores do sol da tarde. Para minha surpresa e espanto, lembrando Quintana, ao admirar as fotos, como se fosse algo inédito, atentei para as manchas e algumas texturas.
A lente da minha câmera me presenteou com uma precisão que desconhecia: minhas experiências foto-lunáticas são recentes. Jamais exigi dos equipamentos rigores maiores que a resistência a alguma ação desastrada. Todavia, agora sei, há alguma potencialidade que não utilizava. Tenho que recorrer ao manual para traduzir uma série de menus disponíveis nos equipamentos que utilizo. Embora fotografe desde o século passado (!), sou um pouco avesso a determinados detalhes técnicos. Deixo isso por conta de meus amigos fotógrafos profissionais...
O que importa é poder "capturar" aquilo de meu interesse ou atenção (a lua, por exemplo) e transmitir este meu modo de olhar para outras pessoas. Afinal, quando nos deparamos com uma imagem fotográfica, queiramos ou não, enxergaremos exatamente o que o fotógrafo observou, com o viés presente na sua forma de ver o mundo. Talvez possamos ir um pouco mais além com as nossas leituras acerca do objeto fotografado; daí por nossa conta e risco.
Fotografar a lua e dedicar algum tempo para isso, postando estas imagens-textos, pode parecer pieguice. Entretanto, conheço pessoas que sequer lembram que a lua existe. Aí explode uma frase de Pessoa: "As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido". Poderia transpor a lua para a sentença, mas...o risco seria meu...
A lente da minha câmera me presenteou com uma precisão que desconhecia: minhas experiências foto-lunáticas são recentes. Jamais exigi dos equipamentos rigores maiores que a resistência a alguma ação desastrada. Todavia, agora sei, há alguma potencialidade que não utilizava. Tenho que recorrer ao manual para traduzir uma série de menus disponíveis nos equipamentos que utilizo. Embora fotografe desde o século passado (!), sou um pouco avesso a determinados detalhes técnicos. Deixo isso por conta de meus amigos fotógrafos profissionais...
O que importa é poder "capturar" aquilo de meu interesse ou atenção (a lua, por exemplo) e transmitir este meu modo de olhar para outras pessoas. Afinal, quando nos deparamos com uma imagem fotográfica, queiramos ou não, enxergaremos exatamente o que o fotógrafo observou, com o viés presente na sua forma de ver o mundo. Talvez possamos ir um pouco mais além com as nossas leituras acerca do objeto fotografado; daí por nossa conta e risco.
Fotografar a lua e dedicar algum tempo para isso, postando estas imagens-textos, pode parecer pieguice. Entretanto, conheço pessoas que sequer lembram que a lua existe. Aí explode uma frase de Pessoa: "As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido". Poderia transpor a lua para a sentença, mas...o risco seria meu...
3 comentários:
Corra o risco!
:o)
Todo dia venho aqui e fico pasma com seu "tempo par a Lua".
Um abraço e parabéns
Liz, sempre sobra um "tempinho"... Abraços.
.. e que bom que ainda existem pessoas que olham e admiram a lua... eu, talvez por muito tempo n~so tivesse percebido o frio chegar. Há coisas que nos aquecem de maneira fantástica.
um beijo,
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